Como preencher corretamente uma ficha de procedimento de segurança

Saber como preencher corretamente uma ficha de procedimento de segurança é uma competência indispensável para qualquer organização que pretenda garantir a integridade física dos seus colaboradores, a conformidade com as normas legais e a eficiência dos processos internos. Este documento não é apenas um requisito burocrático — é uma ferramenta estratégica de gestão preventiva, que traduz o compromisso da empresa com a segurança, a qualidade e a responsabilidade social.

Na Seepmed, acompanhamos diariamente empresas que procuram transformar a segurança no trabalho num verdadeiro valor organizacional. Através da formação, auditoria e consultoria, ajudamos as equipas a elaborar e, aplicar fichas de procedimentos de segurança que cumprem as exigências legais, mas, sobretudo, que funcionam na prática — claras, exequíveis e eficazes.

O que é uma ficha de procedimento de segurança e qual a sua importância

Uma ficha de procedimento de segurança é um documento técnico e normativo que descreve, com detalhe, os passos a seguir para realizar uma tarefa específica sem colocar em risco a integridade física dos trabalhadores ou a estabilidade operacional. É, por definição, uma referência que traduz em linguagem simples as medidas de prevenção e de resposta adequadas a cada contexto laboral.

Segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), este tipo de documento é essencial para assegurar a conformidade com o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, previsto no Decreto-Lei n.º 102/2009. A ficha de procedimento de segurança deve ser atualizada, acessível e adaptada à realidade operacional de cada empresa, garantindo que todos os colaboradores compreendem o seu conteúdo e sabem aplicá-lo.

De igual modo, a Direção-Geral da Saúde(DGS) reforça que a prevenção deve começar na informação: uma ficha bem elaborada é, em si mesma, uma medida de proteção. A negligência neste processo pode resultar em falhas de comunicação, acidentes e até em responsabilidades legais graves para as entidades empregadoras

Por que motivo deve preencher corretamente a ficha de procedimento de segurança

Uma ficha de procedimento de segurança bem preenchida é um instrumento que protege vidas, património e reputação institucional. O seu preenchimento correto garante que cada tarefa é executada sob parâmetros controlados, reduzindo o risco de erros humanos, incidentes e paragens de produção.

Além do cumprimento legal, a ficha atua como um elo entre a gestão e as equipas operacionais. Quando a informação é clara e sistematizada, o colaborador sente-se mais seguro e responsável pelo seu papel. Este senso de responsabilidade partilhada é o que distingue empresas que apenas cumprem normas daquelas que verdadeiramente cultivam uma cultura de segurança.

Na prática, o preenchimento adequado da ficha de procedimento de segurança permite:

  • Aumentar a produtividade, pela redução de interrupções;
  • Reforçar a confiança dos clientes e das autoridades;
  • Melhorar auditorias de segurança e certificações ISO;
  • Reduzir custos com sinistralidade e absentismo.

Como preencher corretamente uma ficha de segurança

O preenchimento de uma ficha de procedimento de segurança deve obedecer a critérios técnicos rigorosos, mas redigidos de forma compreensível. Cada campo deve conter informação precisa, sem ambiguidades ou generalizações.

Comece por identificar claramente o nomedo procedimento e a unidade de trabalho a que se aplica. Em seguida, descreva o objetivo da tarefa — ou seja, o que se pretende alcançar e qual o resultado esperado. Esta contextualização ajuda o colaborador a compreender a finalidade do procedimento e a reconhecer a importância de o cumprir corretamente.

O passo seguinte é a descrição detalhada das etapas operacionais. Cada etapa deve estar organizada de forma sequencial e lógica. Evite expressões vagas como “com cuidado” ou “proceder normalmente”. Em vez disso, utilize verbos de ação concretos: “verificar”, “fechar”, “bloquear”, “inspecionar”, “substituir”, etc.

Depois, descreva de forma exaustiva os riscos associados a cada fase da tarefa. Esta secção é central para a eficácia do documento. Identifique riscos físicos (cortes, quedas, esmagamentos), químicos (inalação, contacto, combustão), biológicos (agentes infeciosos), ergonómicos (posturas incorretas, movimentos repetitivos) e psicossociais (stress, fadiga, distração).

Na sequência, indique as medidas preventivas e corretivas correspondentes. Especifique, por exemplo, a necessidade de isolamento elétrico, ventilação, sinalização ou bloqueio de energia.

A ficha deve ainda incluir a lista de equipamentos de proteção individual (EPI) necessários: capacetes, luvas, máscaras, óculos de proteção, calçado antiderrapante, entre outros. Cada item deve ser acompanhado da sua frequência de substituição e regras de conservação.

Por fim, é essencial definir as responsabilidades. Indique quem executa, quem supervisiona e quem valida o procedimento. Cada colaborador deve compreender o seu papel e as consequências do incumprimento.

A ficha de procedimento de segurança deve ser datada, assinada e aprovada por um técnico de segurança certificado, e revista periodicamente para assegurar a sua validade face a eventuais alterações processuais ou legais.

Erros mais comuns no preenchimento de uma ficha de segurança

Infelizmente, é frequente observar fichas mal estruturadas ou desatualizadas, o que compromete toda a política de segurança da empresa. Um dos erros mais recorrentes é a utilização de linguagem excessivamente técnica, tornando o documento inacessível aos trabalhadores. Outro erro comum é a omissão de riscos aparentemente “menores”, como ruído ou esforço físico repetitivo, que a médio prazo geram doenças profissionais.

Também é habitual a falta de ligação entre a ficha de procedimento de segurança e os planos de emergência, o que cria lacunas na resposta a incidentes. Uma ficha eficaz deve dialogar com outros instrumentos de gestão de segurança, como relatórios de auditoria e planos de formação.

Evitar estes erros exige rigor técnico, tempo e acompanhamento contínuo — e é precisamente aqui que o apoio especializado da Seepmed faz a diferença.

Como a Seepmed apoia as empresas na elaboração de fichas de segurança

A Seepmed é uma referência nacional em segurança e saúde no trabalho, com uma abordagem centrada na personalização das soluções. Cada ficha de procedimento de segurança é desenvolvida com base na realidade operacional da empresa, nos seus riscos específicos e nas obrigações legais que lhe são aplicáveis.

A nossa equipa técnica elabora documentos que não são apenas completos, mas executáveis. Acreditamos que uma ficha só é eficaz se for compreendida, utilizada e atualizada. Para isso, apoiamos também a formação prática dos colaboradores e a integração das fichas em sistemas digitais de gestão documental.

Estes conteúdos explicam como a ficha de segurança se integra num sistema preventivo robusto e multifuncional.

Boas práticas de revisão e arquivo da ficha de segurança

A ficha de procedimento de segurança deve ser tratada como um documento dinâmico. As condições de trabalho, os equipamentos e as normas legais evoluem constantemente — e as fichas precisam de acompanhar essas mudanças.

As boas práticas incluem a criação de um sistema de revisão anual, com histórico de versões e assinatura de aprovação. Deve existir uma cópia física no local de execução e uma versão digital arquivada, preferencialmente integrada num software de gestão de SST.

A digitalização permite controlo de versões, auditorias mais ágeis e acesso imediato em caso de inspeção. Em 2025, a tendência é clara: segurança e tecnologia caminham lado a lado. A Seepmed tem vindo a implementar soluções digitais que facilitam o preenchimento, validação e armazenamento das fichas, mantendo a conformidade e a rastreabilidade documental.

FAQ – Perguntas frequentes sobre a ficha de procedimento de segurança

Quem deve preencher a ficha de procedimento de segurança?

Deve ser elaborada por um técnico de segurança no trabalho, em articulação com os responsáveis de área e operadores que executam o procedimento.

Com que frequência deve ser revista?

Recomenda-se uma revisão anual, ou sempre que ocorram alterações significativas nos processos, nas máquinas ou na legislação aplicável.

É obrigatória em todas as empresas?

Não é obrigatória em todas, mas é fortemente recomendada em qualquer atividade que envolva risco físico, químico, biológico ou mecânico.

Pode ser digitalizada?

Sim, e deve. A digitalização garante acessibilidade, transparência e controlo documental, além de facilitar auditorias internas e externas.

Quais as consequências de uma ficha de procedimento de segurança mal preenchida?

Fichas incompletas ou incorretas podem resultar em acidentes graves, infrações laborais, penalizações da ACT e perda de certificações de qualidade.

Conclusão: a segurança constrói-se ficha a ficha

A ficha de procedimento de segurança é, em última instância, um reflexo da cultura organizacional da empresa. Uma organização que preenche, revê e aplica as suas fichas demonstra maturidade, profissionalismo e respeito pela vida humana.

Se a sua empresa pretende elevar os padrões de segurança, reduzir riscos e garantir total conformidade com a legislação, a Seepmed está pronta para o apoiar.
A nossa experiência multidisciplinar em consultoria, formação e auditoria de segurança faz da Seepmed um parceiro estratégico para empresas que desejam transformar as suas fichas em ferramentas de gestão eficazes.

👉 Entre em contacto connosco e descubra como podemos ajudar a estruturar, otimizar e digitalizar a sua ficha de procedimento de segurança — porque a segurança começa no detalhe, mas constrói-se no compromisso.